Pet place requer cuidados específicos de manutenção e jurídico

A expressão pet friendly já faz parte da rotina dos brasileiros. A inclusão dos animais de estimação em espaços antes frequentados apenas por pessoas, assim como a oferta e demanda de produtos destinados aos petscorroboram os dados do censo do Instituto Pet Brasil (IPB): o Brasil é o terceiro país em número de animais domésticos, totalizando 149,6 milhões.  Mas, como preparar seu condomínio para este novo comportamento?

Hoje, as construtoras passaram a projetar pet places, áreas exclusivas para os animais de estimação dentro dos condomínios. “Os animais de estimação passaram, cada vez mais, a integrar as famílias que moram em apartamentos. Então, nada mais justo que também tenham uma área de lazer para correr, brincar e passear com segurança junto com seus tutores”, explica a arquiteta do Grupo A.Yoshii, Ana Paula Pimentel. 

Reafirmando o comportamento, uma pesquisa da ZAP+ sobre “Tendências de Moradia” relevou que, dentre as preferências do consumidor, o espaço pet corresponde a 38% dos itens mais relevantes na escolha do imóvel para morar. Esses espaços podem variar desde parques e áreas verdes dentro dos empreendimentos residenciais até instalações internas como pet care, que são espaços para banho e tosa dos animais, pet spa e áreas com brinquedos destinados à prática de exercícios físicos e socialização dos animais. 

Playground dos animais

Idealizado para ser uma praça ou space pet, o local tem infraestrutura composta por circuitos de agilidade, brinquedos, bebedouro, comedouro, gramado e espaços para correr. “Dentre os itens, estão brinquedos semelhantes aos de parquinhos, como gangorras e circuito de atividades. Tudo é previsto no projeto arquitetônico, com uso de materiais próprios, além, claro, de área verde para contato com a natureza. Com a mudança de comportamento das pessoas e dos formatos de famílias ao longo das duas últimas décadas, podemos dizer que esse espaço, hoje, é imprescindível para que o morador possa interagir com o seu pet dentro das dependências do próprio condomínio”, comenta Ana Paula. 

Comodidade e segurança

Além de proporcionar comodidade por não exigir que os tutores saiam de casa para passeios, os espaços pet garantem segurança ao animal, já que são espaços fechados e cercados, eliminando o risco de fuga e perigos das ruas. 

Legislação

Se antes os bichinhos eram, muitas vezes, proibidos nos condomínios, hoje a legislação assegura o direito de qualquer pessoa ter animais de estimação em suas residências, desde que o pet não coloque em risco o bem-estar ou a vida de outros moradores.

Para isso, cada condomínio — por meio de um regimento interno — decide como será o funcionamento das áreas pet, assim como acontece com piscinas, academias e churrasqueiras. O regimento é necessário para estabelecer normas e regulamentos, sobretudo em relação ao horário de funcionamento e condutas dos tutores, como limpeza, utilização de guia e coleira, confirmação de vacinação dos animais e controle na interação com outros pets presentes.