O bunker – um abrigo antibomba – construído durante o período da Segunda Guerra Mundial no Edifício Acaiaca, em Belo Horizonte, será aberto ao público no dia 16 de janeiro. O lançamento faz parte de uma série de iniciativas previstas no projeto de retrofit do imóvel, com investimento estimado de aproximadamente R$ 20 milhões.
Segundo o administrador do prédio, Antônio Miranda, o objetivo da atual administração tornar o espaço um ponto turístico belorizontino, já que, o local também estará disponível para a realização de exposições de arte e demais eventos.
Miranda explica que haverá venda de ingressos destinada apenas para a visitação do bunker, mas, ele recomenda que as pessoas realizem uma visita completa no Edifício Acaiaca. “O ideal é que a pessoa faça uma visita ao bunker e depois, suba pelo elevador até o mirante do prédio”, aconselha.
Mais que um bunker
Além do abrigo antibomba, o prédio contará com elevador panorâmico de vidro, com vista para a Serra do Curral e para a Estação Ferroviária, que ligará o 25º e o 30º andar do edifício – este último contará com uma vista 360° de BH. Já os amantes da natureza, poderão se aventura na tirolesa que vai do 29º andar até o Parque Municipal de Belo Horizonte.
“Nós nos inspiramos no Empire State de Nova York. As pessoas terão a vista mais bonita de Minas Gerais, com uma sensação espetacular, vendo toda a cidade de Belo Horizonte e demais municípios adjacentes”, relata administrador do prédio.
História do ícone arquitetônico
O Edifício Acaiaca começou a ser construído em 1943, após a entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial, onde antes funcionava uma unidade do colégio metodista Izabela Hendrix. Devido à participação do País no conflito, o então presidente da república, Getúlio Vargas, criou um decreto que determinava a construção de bunkers em imóveis com mais de cinco andares, para servir de abrigo antiaéreo em caso de ataque.
Felizmente, o bunker nunca foi utilizado para a finalidade para qual foi projetado. Segundo Miranda, após o término da guerra, em 1945, o espaço passou a ser utilizado como uma espécie de depósito.