Mais de um terço dos síndicos são mulheres no Rio de Janeiro

Um estudo de inteligência imobiliária da APSA, mostra que 34,3% dos síndicos do Rio de Janeiro são mulheres. Em alguns bairros o percentual é ainda maior, como Laranjeiras, que chega a 47%, Flamengo, 44% e Botafogo, 40%.

Deste montante, 88 % das síndicas são moradoras e 12% são síndicas profissionais. Atuando de forma autônoma ou como empresárias, as síndicas profissionais, agora também chamadas de gestoras de propriedades urbanas, encontram na função uma nova oportunidade de renda. O pro labore médio de R$ 2 mil por mês é o valor pago por condomínios pequenos, e elas podem ficar à frente de diversos condomínios. 

Para Fernanda Barcelos, o novo trabalho de síndica profissional foi um divisor de águas no meio da tormenta de um divórcio. “Trabalhava com moda, que é a minha formação, tinha atelier e participava de diversos eventos. Quando me divorciei, ser síndica moradora apareceu para mim como uma oportunidade. Fui acolhida, fiz cursos e aprendi sobre gestão e como melhorar aspectos financeiros e sociais. Dali em diante fui crescendo e pegando mais condomínios. Ou seja, encontrei no meio de uma turbulência particular um amor novo”, comenta ela, que também realiza palestras e administra a página no YouTube e Instagram, ‘Fale. Síndica’, para falar sobre o tema para síndicos e moradores. 

Dentro deste universo, as mulheres também têm buscado profissionalização. Na GP Academy, empresa especializada em cursos e eventos para o mercado imobiliário, 45% dos alunos são mulheres. “O crescimento da presença feminina na sindicatura é reflexo de uma transformação maior no mercado de trabalho e na forma como as mulheres têm buscado independência e novas oportunidades, seja por necessidade ou por escolha estratégica. Acompanhamos de perto esse movimento e percebemos que cada vez mais mulheres estão enxergando a sindicatura profissional como um caminho viável e promissor”, comenta Tabatha Moraes, executiva da URBX GP Academy.