O conceito de luxo no mercado imobiliário brasileiro passou por uma transformação significativa nos últimos anos. O consumidor de alto padrão de 2025 é movido por experiências. Ele espera residências inteligentes, infraestrutura tecnológica de ponta e serviços que se equiparam aos de hotéis cinco estrelas. Em outras palavras: a sofisticação de hoje está na experiência de morar e a gestão condominial precisa acompanhar essa nova realidade.
Uma pesquisa da consultoria Brain, obtida pela Forbes, mostra que o segmento de luxo e superluxo em 2023 cresceu 12%, com 90,2 mil apartamentos negociados, movimentando um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 50,8 bilhões.
E o que explica esse movimento? Uma combinação de segurança, privacidade e serviços sob medida, pilares que redefinem o significado de morar bem.
A gestão como serviço de hospitalidade
A experiência de morar em um condomínio de alto padrão começa na forma como a gestão se comunica com seus condôminos. Eles querem saber como o dinheiro está sendo aplicado e esperam processos ágeis, sem burocracia. Por isso, usamos tecnologia de ponta para garantir eficiência e transparência.
Além do básico, como limpeza, manutenção e segurança, a gestão precisa incorporar serviços de hospitalidade. É comum que condomínios desse perfil ofereçam concierge, governança hoteleira, eventos sociais exclusivos e atendimento personalizado, semelhante ao que se encontra em resorts de luxo. Mas o mais importante é a segurança, um aspecto que os moradores de condomínios de alto padrão não abrem mão. Eles querem proteção integrada, com discrição e eficiência. Sistemas de CFTV com alta definição, controle de acesso por reconhecimento facial, biometria e monitoramento remoto 24 horas são só o começo.
Facilities que elevam o padrão de vida
As áreas comuns dos condomínios de luxo se tornaram verdadeiros clubes privativos. Academias com personal trainers, spas, piscinas aquecidas, wine bars, coworkings e até estúdios de yoga são parte do pacote. E manter tudo isso impecável exige um modelo de gestão de facilities diferente dos condomínios tradicionais.
O mercado de condomínios de alto padrão não dá sinais de desaceleração. A expectativa é que a personalização dos serviços, o uso intensivo de tecnologia e a busca por sustentabilidade definam os próximos passos do segmento.
*Por Gauthama Nassif, CCO da Verzani & Sandrini