Cidade inteligente, tecnologia e administração eficiente: o futuro do morar

Em uma época em que muito se fala sobre sustentabilidade e tecnologia, você já imaginou como serão as cidades do amanhã? Esse foi um dos temas discutidos durante a 20ª edição do Enacon (Encontro Nacional das Administradoras de Condomínios), realizado em São Paulo.

Os condomínios residenciais surgiram por volta de 1820, em Londres, na Inglaterra. Naquela época, morar em um prédio era sinônimo de riqueza e prestígio. Com o passar dos anos, esse tipo de moradia se tornou popular em todas as regiões do mundo. E, no Brasil, especificamente na cidade de São Paulo, não é diferente. Dados do último Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontam que a maior cidade da América Latina ganhou pouco mais de 426 mil novas unidades de apartamentos nos últimos 12 anos. Cerca de 3,3 milhões dos habitantes da capital paulistana moram em prédios.

E com esse crescimento, o conceito de “cidade de 15 minutos” vem ganhando destaque como uma abordagem inovadora para o planejamento urbano. A ideia é transformar áreas urbanas em espaços onde a maioria das necessidades diárias podem ser atendidas a pé ou de bicicleta, sem a necessidade de carros ou transporte público, tornando as cidades mais habitáveis e conectadas.

Mas, apesar de ser uma ideia para deixar o dia a dia dos moradores mais prático, o tema “cidade de 15 minutos” não está isento de desafios. Um dos principais obstáculos é a resistência dos NIMBYs (Not In My Backyard, que no português quer dizer “não no meu quintal”), que são contra o desenvolvimento urbano próximo às suas residências por gerar congestionamento, mudanças na paisagem urbana e supostas reduções na qualidade de vida.

Em contrapartida, os YIMBYs (Yes In My Backyard ou “sim no meu quintal”) defendem ativamente o aumento da disponibilidade de habitação e infraestrutura nas áreas urbanas, uma vez que a densificação das cidades é crucial para enfrentar a escassez habitacional, promover a diversidade socioeconômica e criar comunidades mais inclusivas e equitativas.

Independentemente de como serão as moradias do futuro, se a tendência das “cidades de 15 minutos” vai pegar ou não, uma coisa é certa: com o aumento da demanda por condomínios residenciais, vamos precisar, cada vez mais, do auxílio de tecnologias para gerenciar esses espaços.

Para acompanhar essa tendência, as administradoras de condomínios precisam estar alinhadas com todas as mudanças e o novo modelo de gestão para gerar mais valor para seus clientes e, consequentemente, crescer. Além disso, as administradoras devem ter uma visão clara dos seus principais indicadores internos, já que eles são fundamentais para alcançar metas e influenciam diretamente na rentabilidade de seus negócios.

A pedido da Superlógica – a maior plataforma de tecnologia e finanças para os mercados condominial e imobiliário – a Falconi Consultoria realizou um levantamento sobre a maturidade da gestão financeira nas administradoras de condomínios. O estudo mostra que as empresas têm muito a evoluir, já que, embora 54% das entrevistadas desenhem algum tipo de planejamento orçamentário, a maioria não faz os desdobramentos necessários. Segundo a análise, apenas 46% definem indicadores, sendo que 35% conseguem manter rituais de governança e somente 42% têm metas atreladas. Sem esses encaminhamentos, os gestores não têm uma visão clara da situação, o que dificulta  traçar estratégias de crescimento. 

Ainda segundo o levantamento, administradoras que determinaram parâmetros claros para acompanhar a evolução da performance foram as que conseguiram uma margem EBITDA (lucros antes dos juros, impostos, amortização e depreciação) 57% maior. Outro fator que também se mostrou eficiente para ampliar a lucratividade foi estabelecer ritos de governança: reuniões periódicas de acompanhamento, definição de responsáveis por cada etapa, etc. A pesquisa revelou que a margem EBITDA nestes casos é, em média, 41% maior.

A amostra evidencia a importância de uma visão científica das administradoras de condomínios. Com o domínio de seus dados, elas conseguem ser mais estratégicas e tomar decisões mais assertivas. 

Pensando não apenas no hoje, mas também nas moradias do amanhã, a Superlógica possui diversos recursos para deixar os condomínios mais tecnológicos e sustentáveis. Entre essas inovações está o Gruvi, um aplicativo que reúne em um só aplicativo diversas funções para facilitar o dia a dia nos residenciais, como o controle de acesso de visitantes, gerenciamento de encomendas, reserva de espaços da área de lazer e até mesmo a possibilidade de participar de assembleias virtuais.

Já para os prédios mais antigos, que precisam de investimentos para se tornarem mais sustentáveis, a Superlógica possui o Crédito para Condomínios, que assegura o acesso aos recursos para manter em dia as manutenções, reformas e obrigações financeiras dos condomínios. Ainda pensando na sustentabilidade, a companhia também possui um outro produto que, além de reduzir o uso de papéis, também otimiza o trabalho das empresas no gerenciamento das contas a pagar, que é o Paybox. Ele permite reunir, em um único lugar, todas as despesas do condomínio, facilitando, assim, o controle e pagamento dos boletos.

*Por Caio Burti, Diretor de Negócios para Condomínios da Superlógica